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Metrônomo eletrônico (esq.) e mecânico (dir.)
O metrônomo é um
relógio que mede o tempo (
andamento) musical. Produzindo pulsos de duração regular, ele pode ser utilizado para fins de estudo ou
interpretação musical. O
metrônomo mecânico consiste num pêndulo oscilante cujas oscilações, reguladas pela distância de um peso na haste do pêndulo, podem ser mais lentas ou mais rápidas, sendo que a cada oscilação corresponde um
tempo do compasso. Há também
metrônomos eletrônicos, em que cada tempo do compasso é indicado pelo piscar de um
LED (
light-emitting diode) e por um som eletrônico.
História
O metrônomo foi inventado por Dietrich Nikolaus Winkel, um relojoeiro de
Amsterdã, em
1812. Johann Mälzel copiou muitas das idéias de Winkel e recebeu a
patente pelo metrônomo portátil em
1816.
Ludwig van Beethoven foi o primeiro compositor a indicar marcas de metrônomo nas suas
partituras em
1817, embora as marcas extremamente rápidas que colocou em algumas peças levaram alguns estudiosos modernos a acreditar que o metrônomo que ele utilizava fosse muito impreciso.
Utilização
Os
músicos utilizam metrônomos para manter um tempo padrão, ou seja, um pulso regular ao longo de toda a
composição ou uma de suas seções. Mesmo em peças que não possuem marcação rígida de tempo (
tempo rubato), um metrônomo pode ser usado para indicar o tempo em torno do qual as variações serão realizadas.
Os compositores incluem marcações de metrônomo no início da partitura ou quando há uma alteração de
andamento para indicar com precisão a velocidade com que desejam que a peça seja executada. Por exemplo, considera-se normalmente que o
allegro pode variar entre 120 e 168
batidas por minuto (bpm).
Quando o compositor indica no início da partitura:
Ele informa ao músico que ele deseja que a música seja executada precisamente a 120 batidas por minuto, ou seja, que cada pulso deve durar 0,5
segundo.
Além dos usos musicais, o metrônomo atualmente é utilizado com outros fins. Os
educadores físicos utilizam-no, por exemplo, em testes e treinamentos aplicados aos alunos e atletas.
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Tipos de metrônomo
Metrônomo de pêndulo
Metrônomo mecânico em funcionamento
Neste tipo de metrônomo mecânico, um mecanismo a corda, semelhante ao de um relógio despertador utiliza um
pêndulo para a regulação do pulso. O pêndulo consiste em uma haste metálica com um peso deslizante. Quanto mais próximo o peso está do eixo, mais rápido é o
período do pêndulo, quanto mais longe, mais lento. Os metrônomos possuem uma escala graduada em bpm e também uma indicação do andamento atrás do pêndulo. Um mecanismo interno produz um som (click) a cada pulsação do pêndulo
Metrônomos eletrônicosA maioria dos metrônomos modernos são eletrônicos e utilizam cristais de
quartzo para a regulação de tempo. Os mais simples possuem um disco para controlar o tempo. Alguns podem estar incorporados a afinadores eletrônicos ou produzir um tom de afinação (
diapasão - usualmente 440 Hz). Um dos mais sofisticados metrônomos eletrônicos, o
Dr Beat da
Boss pode produzir compassos compostos e contar os tempos usando uma voz
digitalizada.
Os metrônomos eletrônicos mais completos têm ajuste de compasso além do tempo e podem produzir tons diferentes para indicar o início do compasso e eventualemnte os tempos fortes e fracos. Em certos metrônomos é possível ainda definir subdivisões dos tempos. Em geral são utilizados padrões binários, ternários ou quaternários. Os exemplos abaixo demonstram estes padrões.
Alguns metrônomos podem ainda produzir sons diferentes para a contagem de compassos compostos ou irregulares, como 6/8 ou 5/4. Nestes casos um som distinto pode indicar o início de cada subgrupo rítmico dentro do compasso.
Por exemplo, um compasso 7/8 poderia soar aproximadamente no seguinte padrão:
Clic, tic, tac, tic, tac, tic, tic,
Clic, tic, tac, tic, tac, tic, tic, ...
Muitos programas de edição de áudio e partituras, como o
audacity e o
Cakewalk possuem geradores de metrônomos. A maioria dos
teclados eletrônicos também possuem essa função.
Curiosidades
O compositor
húngaro György Ligeti compos a peça
Poème Symphonique pour 100 metronomes (Poema sinfônico para 100 metrônomos) em
1962.
A peça exige dois "executantes" que trabalham antes da entrada da audiência. Cada um dos 100 metrônomos mecânicos, montados sobre uma plataforma no palco, tem sua mola totalmente carregada e é ajustado para uma velocidade diferente. Depois disso eles são disparados da maneira o mais simultânea possível. Depois disso a platéia é admitida e toma seus lugares enquanto os metrônomos soam até que todos parem. À medida que param o pulso de cada metrônomo restante se torna mais distinguível dos demais. A "execução" normalmente termina com um dos metrônomos soando sozinho por alguns compassos. A peça foi gravada várias vezes. Uma das versões mais recentes dura cerca de 20 minutos